Desde a popularização e o “boom” das Criptomoedas, muitos atletas de alto nível passaram a se interessar no assunto. A presença de esportistas passou a ser comum nos investimentos e patrocínios envolvendo criptoativos.
Prova disso, é que a NFL, liga norte-americana de futebol americano, se tornou uma das pioneiras no pagamento de salário de seus atletas por meio de criptomoedas, com o foco principalmente nas Bitcoins.
A inciativa inovadora começou com tudo, com grande lucro e atração de novas corretoras e empresas Blockchains para o mercado do esporte, seja futebol americano, futebol, golfe e até os E-Sports.
No basquete, onde se tornou mais presente, as empresas de criptoativos trouxeram inovações e acordos milionários com as franquias jamais antes vistos. Destaque para o negócio entre Crypto.com e Los Angeles Lakers, que fechou a compra dos direitos da arena do time por parte da corretora, por 700 milhões de dólares, com um contrato de 30 anos.
Voltando para a NFL, ao todo, cerca de 4 atletas da liga recebem desde bônus até os vencimentos via criptomoedas. E depois de tantos benefícios e acordos milionários, a má notícia e o prejuízo chegou para esses jogadores.
“Inverno Cripto” prejudica atletas
Desde janeiro, os criptoativos despencaram. O que foi chamado pelos especialistas e investidores de inverno cripto, não afetou apenas a área de investimentos em criptomoedas, mas também todos aqueles que estavam relacionados com algo desse universo.
De acordo com levantamento do jornal americano ‘Action Network’, o prejuízo envolvendo criptomoedas oriundos dos 4 jogadores da liga que recebem pela moeda, foi de aproximadamente 23 milhões de dólares (cerca de 115 milhões de reais).
O mais afetado desses foi o quarterback do Jaguars, Trevor Lawrence. O jovem que foi escolha número um do draft da NFL (sistema de escolha dos melhores calouros da universidade), fechou um acordo com a FTX, corretora de criptomoedas, por 24 milhões de dólares. Onde receberia todo esse valor em criptos.
Devido a cotação e variáveis que caíram muito durante a crise, o valor que o atleta recebeu, hoje vale o equivalente a 9 milhões de dólares, 15 a menos do que tinha.
Neymar também sofreu prejuízo milionário durante crise de Criptomoedas
Não foram só as criptomoedas que foram afetadas pela crise. Diretamente, a compra e venda de NFTs que se baseiam na rede de moedas como o ETH (Ethereum), deram um prejuízo enorme a seus donos.
Um desses donos mais famos é Neymar. O atacante do Paris Saint Germain e da seleção brasileira é portador de um Bored Ape, token não fungivel (NFT) de uma das coleções mais populares do mundo.
Em janeiro, quando adquiriu as duas peças, o brasileiro desembolsou 6,6 milhões de reais. Atualmente, as mesmas peças estão avaliadas em 900 mil. Ou seja, o jogador teve um prejuízo de 5 milhões de reais, 87% do valor original.
Apesar disso, Neymar segue com seu Bored Ape estampado como perfil em seu Instagram, ainda acreditando em uma nova valorização do token, para que possa diminuir o tamanho do prejuízo milionário.