Lançadas neste ano, ainda no início de abril, a coleção de tokens não fungíveis (NFT) esportivos ‘Vayner Sport Pass’, do guru da tecnologia Gary Vee, bombou e esgotou seus estoques em 20 minutos. Baseado em uma rede de ETH (Ethereum) a coleção foi uma das que mais valorizou no mercado da época, no entanto, meses se passaram, e hoje a visão sobre os tokens colecionáveis não são as mesmas, muito devido ao ‘inverno cripto’ que abalou a web3.
A VaynerSports é uma das empresas geridas pelo também colecionador de NFTs, Gary Vee, essa por sua vez, em parceria com seu irmão, AJ Vaynerchuk, que também é sócio no projeto dos tokens não fungíveis.
VaynerSports se trata especificamente de uma agência de representação de atletas e marketing para os mesmo com escritórios nas principais cidades dos Estados Unidos.
Os NFTs “VaynerSports Pass” contém características físicas de fato de passes, personalizados de acordo com o esporte que representam como se fossem tickets.
Os tokens oferecem benefícios exclusivos relacionados ao esporte sinalizado na peça, visando construir toda uma comunidade e vantagens em volta da modalidade.
Em postagem de anúncio, feita na página do projeto, em abril, foi explicado inicialmente como funcionária.
“Seu VSP lhe dará acesso à comunidade privada Metalink e você será elegível para eventos, brindes e conteúdo exclusivo com atletas da VaynerSports”, afirmaram.
Dentre os esportes estão tênis, futebol, golfe, basquete, futebol americano e até mesmo E-Sports.
Também em pronunciamento na época, AJ Vaynerchuk comentou sobre estar obcecado em trazer um sistema de NFT que não conta só como ativos, mas que também traz interação aí detentor.
“Nós levamos nosso tempo com este. Realmente pensando no valor que poderíamos trazer aos nossos detentores, tanto digital quanto fisicamente. Estou obcecado com a interseção de esportes e NFTs há algum tempo”, revelou em seu Twitter.
Atualmente, fórmulas de projeto como essa são mais do que comuns, mostrando uma nova tendência que surge não só em Blockchains ou empresas, mas também em federações e times dos mais variados esportes.
Mais de 15.500 unidades foram distribuídas na “pré venda” sob o valor mínimo de 0,155 ETH, cerca de 2.478 mil reais na cotação da época (atualmente esse valor em ETH é de em torno de 1300 reais).
Os ativos esgotaram em impressionantes exatos 20 minutos no OpenSea, marketplace de NFTs escolhido para presidir a venda dos VSP.
A expectativa dos desenvolvedores da coleção de vendas iniciais eram de mais de 38 milhõess de reais, no entanto, estimasse que esse valor quase dobrou só na estreia.
A fama e o hype em cima dos ativos causou o óbvio ânimo dos donos do projeto, que em contato com seus parceiros atletas se disseram animados e os profissionais mais ainda, pela oportunidade de estarem presentes em eventos e como brindes exclusivos.
“Nossos atletas estão animados com o VSP. Muitos deles estão colecionando NFTs há meses, e planejamos apresentá-los por meio de eventos digitais e presenciais exclusivos. Atualmente trabalhamos com mais de 100 atletas de futebol, beisebol, MMA e esports”, completou AJ ainda em seu Twitter.
A situação dos NFTs atualmente
Como dito anteriormente, a crise cripto não abalou o mercado de criptomoedas, mas também todos os ativos que se viram envolvidos com o sistema web3. Apesar disso tudo, a coleção VSP se manteve estável na medida do possível.
De acordo com dados do OpenSea, nos últimos 4 meses pouco foi lançado de atualizações e novos tokens, o que de certa forma ajudou na valorização e escassez se manter a mesma.
No entanto, o preço base se manteve, o que não é uma boa notícia, visto que o Ethereum, moeda usada para adquirir o NFT, segue em baixa em comparação a época.
Os mesmos 0,15 ETH ou 0,16 ETH da época, que chegavam sozinhos a quase 3 mil reais, hoje atingem 1300.
Também nos últimos 4 meses, o volume de dinheiro sobre a coleção dobrou em comparação ao lançamento, tendo movimentado até hoje mais de 68 milhões de reais.
Quanto a peça mais cara listada no OpenSea, se trata do VSP #5996, estimado em 43 ETH, ou seja, 71 mil dólares (358 mil reais).
Em comparação a outros ativos o Vayner Sport Pass segue “bem”, e se mostra valente frente a uma crise sem precedentes, que no entanto, não vem abalando os ativos nos esportes como se esperava.