Uma das maiores franquias de Videogames do mundo, o FIFA, da produtora EA (Eletronic Arts), também é um dos games que mais já movimentou dinheiro na história. Com o modo de jogo Ultimate Team, onde os jogadores montam sua equipe através de cartas de jogadores de futebol real, a EA lucra bilhões em cada versão que é lançada do game anualmente. Tendo um mercado tão lucrativo, os fãs começaram a se perguntar do porque o sistema de tokens não fungiveis (NFTs) não se introduz no jogo.
Febre no universo da web3, os jogos NFT, ou jogos Blockchain, ou até os play-to-earn, se tornaram uma categoria de games que vem atraindo investidores e entusiastas do videogame, com a proposta de dar diversão e lucros ao mesmo tempo.
Tendo um mercado dentro do FIFA regrado, consolidado e que permite a liberdade de compra e venda das cartas entre os jogadores, a inserção do esquema de NFTs poderia gerar ainda mais lucro a empresa, no entanto, esse não parece ser o foco da Eletronic Arts no momento.
Em declaração, o diretor executivo da editora de games, Andrew Wilson, revelou que sabe do crescimento e da importância do assunto atualmente, mas não vê isso como prioridade para o FIFA ou qualquer outra franquia da empresa.
“A colecionabilidade é formada por quatro métricas: alta qualidade, escassez, autenticidade e um grupo de pessoas que valoriza o conteúdo. Acredito que isso é importante para a indústria e para as experiências que ofertamos. Se isso faz parte do NFT ou blockchains, veremos no futuro e, assim, avaliaremos depois, mas isso não é algo que estamos preocupados agora”, afirmou Andrew Wilson.
Algo parecido com o que o FIFA já faz a mais de 10 anos, só que envolvendo de fato NFTs, é o fantasy game Sorare.
Possibilitando assim como no Ultimate Team do FIFA a montagem de um time a partir de cartas de jogadores, a diferença é mostrada quando na Solare a compra desses cards, que são NFTs, é feita por meio de criptomoedas. Além disso o jogador não joga de fato com o time, diferente de como é no game da EA.
O Sorare está desde 2018 no mercado, tendo parceria com inúmeros times do mundo, que junto a plataforma vem lucrando milhões com o Blockchain baseado em Ethereum do game.
Editora do FIFA é criticada por “caça níquel”
Um dos motivos que pode surgir com impecilio da introdução de NFTs no FIFA, é o aumento que pode ter da má fama envolvendo justamente a compra e venda de itens no FIFA.
Por toda a comunidade gamer, a EA não é bem vista por conta de exigir que o jogador invista muito dinheiro para montar um bom time e poder competir.
Acusada de “caça níquel” dos videogames, já a alguns anos a empresa vem tentando se desvincular dessa fama, agora, se livrando de um sistema que exige ainda mais o poder monetário de seus jogadores, que anualmente já tem de desembolsar 300 reais na compra da versão anual do FIFA.