RESPONSABILIDADE SOCIAL
Há uma polêmica no ar envolvendo o nome de equipes em transmissões esportivas de televisão. A Ulbra é Ulbra e não Canoas. A Cimed não é Florianópolis, a Unisul/Tigre não é Joinville e a Malwee não é Jaraguá, para citar alguns exemplos. Em meio a esta decisão superior da emissora detentora dos direitos de transmissão, pouco se fala nas conseqüências desta determinação. Esta ação também pode desencadear uma grande discussão sobre jornalismo, imprensa e comunicação.
O profissional de rádio, jornal e televisão é um comunicador social, por tanto tem que ter a sua responsabilidade social. É claro que o jornalismo, no mundo capitalista em que vivemos, virou um negócio e todos nós comunicadores temos que ser “vendáveis”. Mas aí eu acrescento o seguinte: vender sim, mas entregar a alma e queimar a ética não.
Voltemos à responsabilidade social. De quatro em quatro anos, durante os Jogos Olímpicos, muitos que fecham os olhos para o esporte além do futebol se acham no direito de criticarem as poucas (????) medalhas brasileiras. Em um país sem investimento em educação, sem escolas adptadas e equipamentos para a iniciação esportiva, com os grandes clubes monopolizando suas atuações para o futbeol, quem investirá na formaçõa de novos talentos olímpicos? Até dezembro do ano passado eu sabia a resposta: eram as empresas. Agora, meus amigos, com os patrocinadores tendo os seus nomes omitidos será que eles continuarão investindo???
Por isso que estou temeroso e preocupado com esta questão televisiva. Esta decisão de omitir os nomes pode aniquilar novos investimentos em esportes olímpicos e aí as conseqüências seriam trágicas. A televisão presta um grande serviço ao esporte brasileiro e tem excelentes e competentes profissionais, mas poderia rever esta decisão.
Como diria o jornalista criciumense Adelor Lessa,
“Pense nisso e Vamos em frente”. Abraços.
3 de março de 2009 às 12:01
Até que enfim alguém tratou desse assunto. Constrange ouvir um profissional alterar o nome de um clube em virtude do patrocinador. Parabéns, Campello!
3 de março de 2009 às 12:12
Campelo!
Eu também não entendo … se querem chamar a Ulbra de Canoas acho que devem chamar o gremio de Porto alegrense, visto que é uma clara homenagem a capital … hehehe
Vai dizer, gremio é coisa de colégio, tem que chamar de porto alegrense, o verdadeiro nome do coirmão!
hehehee
abraço!
3 de março de 2009 às 12:25
Concordo plenamente!! Sou estudante de jornalismo e sempre debato essa questão, pois são sempre as pessoas dessas próprias emissoras que acabam fazendo comentários sobre a pobreza dos nossos esportes olímpicos. Isso fica ainda mais evidente na questão do vôlei onde essas empresas buscam repatriar jogadores do exterior e nem o nome da equipe é falado durante as transmissões.
3 de março de 2009 às 13:50
Tu é o melhor de todos campelo.
O melhor blog q apareceu por aqui nos ultimos tempos.
Esse texto sobre responsabilidade social é excelente. parabens.
3 de março de 2009 às 14:46
Capelo, no caso da ulbra, isso veio de cima, pois eles conseguiram o título de entidade filantrópica, QUE NÃO PODE TER LUCRO e algumas regras a mais em relação a investimento (principalmente em futebol….
Nos outros casos, realmente é um tiro no pé.
Rapidinho vamos perder os patrocínios para os demais esportes (o futebol não me preocupa, o que preocupa é volei, basquete, futsal)….
3 de março de 2009 às 16:59
Grande Campelo,
Excelente texto. Pegou no amago da questão. É um menosprezo as empresas que patrocínam os clubles. Sendo que no caso sa Ulbra é um clube registrado não o patrocinador como no volei e esportes olímpicos, onde chamar pelo nome da cidade é mais grave.
Sugiro enviar este texto ao Juca Kfouri. Seu blog tem grande visitação e com certeza a publicação ali geraria um debate nacional, e quem sabe isso nào possa ser alterado.
Parabéns pelo blog.
3 de março de 2009 às 17:23
O nome do clube é Sport Club Ulbra, mas absurdamente o chamam de Canoas na televisão detentora dos direitos de transmssão dos jogos.
É muita cara-de-pau!
Se é para omitir o nome oficial do clube, por que transmitem os jogos?
Por que tratam a universidade com o nome correto no noticiário (especialmente em notícias envolvendo as dificuldades financeiras da instituição) e não mencionam o nome do clube que disputa o Gauchão?
Não existe coerência!
3 de março de 2009 às 17:28
Concordo plenamente,
Isso é falta de respeito!!
3 de março de 2009 às 17:31
Prezado
Otimo Post, falou tudo, Parabens!!!
3 de março de 2009 às 17:33
Disse tudo, Campelo. Não há o que mudar no teu texto.
Deixo aqui um exemplo (irônico, mas que pode se tornar realidade) criado por um amigo:
http://impedimento.wordpress.com/2009/02/28/o-dia-em-que-o-quilmes-virou-o-time-do-pato-donald/
Abraços,
Francisco Luz
3 de março de 2009 às 17:37
Campelo, sempre fiquei meio “cabreiro” com esse negócio de chamarem o nome da equipe pela cidade correspondente. Acho simplesmente falta de respeito.
Mas Campelo, a respeito do meu tricolor, precisamos que o Celso caia antes de quinta ainda…
Há essa possibilidade? A direção já negocia com alguém?
Abraço
3 de março de 2009 às 17:56
Campelo,
Muito bom o comentário.
Até que enfim alguém tocou no assunto. Se já foi abordado, peço desculpas, pode ser que eu não tinha percebido antes.
Chega a ser irritante ouvir os nomes das equipes trocadas. Quems abe chamemos os repórteres, narradores e comentaristas das emissoras com outros nomes também?
Eduardo
4 de março de 2009 às 0:23
Eu acho que isso é uma grande falta de respeito com os clubes como a Ulbra, em uma transmição de um jogo da Ulbra jogando em casa tinha vários patrocinios da Ulbra em todo o estádio e o narrador e comentarista falando o tempo todo Canoas ao invés de Ulbra, isso foi patético além de ser uma mentira por não falar o nome do time corretamente.
Acho também que os clubes como a Ulbra deviam buscar os seus direitos pois isso não pode continuar assim.
4 de março de 2009 às 9:28
Tem mais umas coisas nesse sentido, Campelo… O Estádio do Atletico Paranaense que teve o nome “comprado” pela empresa Kyocera, sendo chamado de Kyocera Arena e é sempre referido como Arena da Baixada!!! Essa prática de dar nome aos estádios é comum no exterior e fonte de renda aos clubes (veja-se o Emirates Stadium p. ex.). Mas quem vai investir uma fortuna se não tiver a divulgação… (ah… lembrei mais um caso a Red Bull Racing da Formula 1 que é chamada de RBR!!! que palhaçada!!!)
4 de março de 2009 às 15:17
Ao Igor: o nome não é Porto Alegrense, é Foot-Ball. Tanto que no nosso primeiro escudo é o nome que consta dentro da faixa preta, onde hoje diz “Grêmio”. Um vou pesquisar os motivos da troca mas, provavelmente, se deu em função de ser estranho chamar um time de futebol de Foot-ball. Não se esqueça que, no mesmo ano, foi fundado o FussBall Club Porto Alegre (que era conhecido como FussBall).
RESPOSTA DO CAMPELO: Fágner: Fico feliz com sua lembrança ao Porto Alegre Fuus-Ball Club. O meu avô, Ernani De Lorenzi, foi jogador e até presidente do clube, que foi fundado no mesmo dia do Grêmio, 15 de setembro de 1903. O Porto Alegre existiu até os últimos anos da década de 40 e o seu estádio a Chácara das Camélia foi inaugurado em 1923 e depois pertenceu ao Nacional Atlético Clube, o time dos ferroviários. O meu avô morava na rua Barão de Tefé, no Menino Deus, ao lado do estádio, que ficava onde hoje está um supermercado (antigo Castelão). O Porto Alegre chegou a ser Campeão de alguns torneios, mas nunca ganhou o campeonato da cidade, apenas no basquete, no início dos anos 40 que conquistou dois títulos. O tenho a medalha do meu avô como jogador campeão do Torneio Início de Porto Alegre pelo Fuss-Ball em 1925. O sr. Ernani De Lorenzi era cruzeirista e foi um dos líderes da construção do estádio da Monatnha, do Cruzeiro, hoje cemitério João XXIII. Até a década de 40 havia a Liga de Porto Alegre ele foi presidente da AMGEA e depois Vice-Presidente por vários anos da FGF, além de ter sido árbitro de futebol e ter apitado até Gre-Nal. O Porto Alegre era verde e branco. Abraços.
9 de março de 2009 às 17:30
Concordo com o comentário. Acho uma grande “frescura” a atitude da “poderosa” Globo. Eles deveriam ter mais ética em programas tais como BBB (Big Bosta Brasil) ou Zorra Total (outra grande porcaria), e não querer mudar um nome consagrado.
10 de maio de 2009 às 23:57
Desculpem a demora por descobrir tardiamente este espaço, mas a minha manifestação contra isso foi mandar e-mails cada vez que ouvia Ulbra sendo chamada de Canoas. De acordo com teu comentário Campelo.Abraços.
9 de junho de 2010 às 14:11
oi campelo não deixa o cruzeiro sair de porto alegre ele é nosso.contamos com você.abraço andré
RC: O Cruzeiro é de Porto Alegre, Cachoeirinha, Santa Rosa, Taquara, Imbé, Montenegro, Novo Hamburgo, Santa Maria, Jaguarão, Ijuí, Santo Ângelo, Canoas, Sâo Leopoldo, ALvorada, Viamão, Turuçu, Canela, Israel, Rio de Janeiro, Pato Branco, Florianópolis…em todos os lugares onde tem um criuzeirista. O estádio novo poderá ser em Cachoeirinha. Um estádio moderno e pronto, mas a sede social e administrativa seguirá em POA.