A parceria entre exchanges de criptomoedas e times de futebol está cada vez mais comum. Nos últimos dois anos, foi possível notar um grande crescimento de marcas do segmento estampando e anunciando acordos com grandes equipes. Um dos exemplos é o sistema que a Socios.com tem com o futebol, que só no Brasil, aumentou a utilização de criptomoedas utilitárias em 3.800%, de acordo com dados da própria empresa.
No entanto, não são todos os acordos que se tornam lucrativos e favorecem ambas as partes, principalmente a dos times.
No início de 2022, ocorreu o escândalo entre o gigante de Portugal, Sporting Lisboa e o La Spezia, da Itália, contra a exchange turca, Bitci.
De acordo com apuração do portal americano Bloomerang, ambos os times europeus entraram com uma ação contra a exchange de criptomoedas, após o descumprimento do repasse de valores aos times, acusando a Bitci de calote.
Apesar de uma das teorias sobre o assunto na mídia de Portugal seja um possível desalinhamento na estratégia do Sporting com a empresa turca, o caso se mostra suspeito quando a acusação foi acompanhada não só pelos times de futebol, mas também por uma equipe de Fórmula 1, que também tinha contrato com a exchange.
A acusação da McLaren Racing foi a mesma de Sporting e La Spezia, a falta do repasse correto de valores acordados em contrato anteriormente.
Após os escândalos tomarem forma na mídia, diversos projetos entre a empresa e outros times foram descontinuados, inclusive no Brasil. O Botafogo que tinha um acordo prévio com a Bitci, tendo inclusive seu escudo estampado no site, encerrou a parceria antes mesmo de começar, coincidentemente após os problemas que ocorreram no velho continente.
Exchange de Criptomoedas polêmica está presente no futebol brasileiro
Apesar do Botafogo ter recuado em um acordo com a Bitci, equipes como a Chapecoense, Fortaleza e Sport Recife, se manterem em contato, fechando uma parceria com a exchange, mesmo após todos os problemas.
O crescimento da plataforma no Brasil, fez com que recentemente surgisse especulações da abertura de um escritório da empresa em terras brasileiras. Visando assim, um domínio ainda maior do mercado no país, que é visto não só pela Bitci, mas também como por outras exchanges, como um local promissor de desenvolvimento das Criptomoedas e Web3 no geral.
A Bitci porém, não está presente somente nos clubes brasileiros, mas também, na maior e principalmente entidade esportiva do Brasil.
A CBF mantém um acordo com a empresa turca, para o desenvolvimento de Fan Tokens e patrocínios da entidade. No entanto, uma parceria com a Crypto.com, que inclusive terá os direitos e patrocínios da série A até a D do Brasileirão tanto quanto masculino quanto feminino, acaba com o “domínio” da Bitci já na temporada que vem.
O acordo entre Bitci e CBF, rendeu até agora 120 milhões de reais, sendo 90 de patrocínio e 30 na venda dos Fan Tokens BFT (Brazilian Football Team), que tem os turcos por trás.